Quantos livros tem no mundo? O Google sabe.
SÃO PAULO – Quantos livros já foram publicados na história moderna? Segundo cálculos do Google, o número seria 130 milhões de livros, ou 129.864.880 para ser exato. O gigante das buscas estimou o dado justamente para saber quantos livros precisa escanear a fim de tornar o Google Books a maior e mais completa biblioteca online.
Para chegar ao número, o Google usou definições de livros de diferentes órgãos, como o do ISBN (International Standard Book Numbers), da Biblioteca do Congresso Americano e do site de buscas de livros WorldCat.
Segundo post publicado no blog Inside Google Books, eles chegaram a definição de um “tome”, que pode ser definido como um volume ou livro grosso. Um “tome” pode possuir milhares de cópias, como um best-seller, ou apenas algumas cópias raras. Edições diferenciadas de uma mesma obra, como capa-dura e papel simples, foram contadas duas vezes.
O número inicial estimado foi de 210 milhões. O primeiro passo do Google foi remover esboços, gravações de áudio, mapas, vídeos com ISBNs, entre outros. Dessa forma, o número caiu para 146 milhões. Na sequência, a empresa removeu 16 milhões de documentos governamentais, chegando aos 129 milhões.
O Google finaliza o post dizendo que o número pode mudar, assim que o sistema de algoritmo que o calculou se tornar mais inteligente. A empresa não informa quando pretende concluir a tarefa.
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Fiquemos com a resposta da maior autoridade no mundo, a UNESCO. Para o setor da ONU que cuida de educação e cultura, só há leitura onde: 1) ler é uma tradição nacional, 2) o hábito de ler vem de casa e 3) são formados novos leitores. O problema é antigo: muitos brasileiros foram do analfabetismo à TV sem passar na biblioteca. Para piorar, especialistas culpam a escola pela falta de leitores. ” Os professores costumam indicar clássicos do século 19, maravilhosos, mas que não são adequados a um jovem de 15 anos”, diz Zoara Failla, do Instituto Pró Livro. “Apresentado só a obras que considera chatas, ele não busca mais o livro depois que sai do colégio.” Muitos educadores defendem que o Brasil poderia adotar o esquema anglo-saxão, em que os clássicos são um pouco mais próximos, dos anos 50 e 60, e há menos livros, que são analisados a fundo. mas aí teria de mudar o vestibular, e isso já é outra história.
Raphael Soeiro – Revista Super Interessante – edição 284 – novembro 2010
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